Shows da semana: 12, 13 e 14/08

Agenda da semana - Thoni & Gi

E aí, gente bonita? Vamos pra balada? Segue o que temos confirmado por enquanto para bombar neste mês de agosto! E o fim de semana começa ...

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Agenda da semana - Thoni & Gi

E aí, gente bonita? Vamos pra balada? Segue o que temos confirmado por enquanto para bombar neste mês de agosto!

E o fim de semana começa de casa nova, amanhã, às 23:00 no Augusta Alternativa. O fino do repertório nacional e internacional na rua mais rock 'n' roll de Sampa!


No sábado, Santo André vai ferver com os tributos Amy Winehouse, Cazuza e Legião na casa onde só rola o melhor do rock: O Eclipse!

Domingão é Dia dos Pais e do almoço de primeira da nova unidade do Bar do Peixe em Moema! Já consagrado no Campo Belo, a nova unidade da Rua Gaivota traz a mesma qualidade. Montamos um repertório temático com muito carinho, com muitos clássicos da música brasileira e internacional sobre pais e filhos (olha o spoiler!)



E vem novidade por aí!!!! Atenção Bragança Paulista, Ipiranga, Interlagos e Itapecerica: em breve, estaremos por aí novamente!

sexta-feira, 29 de julho de 2016

ATUALIZAÇÃO DA AGENDA!! SÁBADO TAMBÉM TEM TRIBUTO!!

E tributo em dose tripla!!! O Hooker recebe, neste sábado, além do fino do pop rock nacional e internacional, os tributos Janis Joplin, Cazuza e Amy Winehouse!!! Entrada grátis e sonzeira da boa!


terça-feira, 26 de julho de 2016

Desenhos animados que todo músico deveria ver - Cat Concerto

E aqui estamos nós com mais uma obra-prima das animações de curta-metragem! The Cat Concerto é um curta dos personagens Tom & Jerry lançado pela Metro Goldwyn-Mayer em 1947 e premiado com um Oscar de melhor animação do ano.



Com produção de Fred Quimby, direção de Jospeph Barbera e William Hanna e a genial supervisão musical de Scott Bradley, Tom é um pianista que entra na sala de concertos para tocar a Rapsódia Húngara n° 2 de Franz Liszt e tudo corre bem nos primeiros compassos... só que Jerry está morando dentro do piano e não gosta nada de ser incomodado pelo movimento das teclas/ martelos do piano e passa a atrapalhar o concerto de todas as formas possíveis.


A obra Rapsódia Húngara nº 2

Franz Liszt, célebre compositor, maestro e pianista húngaro conhecido por seu virtuosismo, compôs sua segunda Rapsódia Húngara em 1847. Nessa época, vigora o "Romantismo", movimento artístico que priorizava a subjetividade, com mais ênfase nas emoções que na razões (numa definição bem rasa). O sentimento nacionalista tomava conta da Europa e iniciaram-se movimentos que culminaram na formação definitiva de países como Alemanha e Itália três décadas depois. Os compositores dessa época buscaram inspiração em temas folclóricos de seus países: Tchaikovsky (Rússia), Verdi (Itália), Wagner (Alemanha), Chopin (Polônia), Wagner (Alemanha) e Liszt, nascido na Hungria, inspirou-se na música folclórica de seu país, com muita influência da música cigana, suas escalas e, principalmente, seu ritmo forte.

Esta peça é considerada uma das obras para piano de mais difícil execução de todos os tempos - especialmente seus últimos compassos. Isso destaca ainda mais a genialidade da animação. 
Então, aperte o play e divirta-se!


Agenda da semana: Thoni & Gi e Trivial Club

Gente bonita! Segue a agenda atualizadíssima das próximas datas Thoni & Gi e Trivial Club!

 Um barzinho com o fino do pop rock e um repertório caprichado com o melhor de várias décadas:
Elvis Presley, Beatles, Amy Winehouse, Joan Jett, Cazuza e por aí vai!
A partir das 20:00 vai rolar o som no Cantinho mais rock'n'roll do Ipiranga.
Chega mais que a entrada é baratinha, a cerveja é gelada e o som a gente garante!




Um barzinho onde a galera respira cultura de todas as formas. Um espaço muito caprichado pronto pra receber muito classic e pop rock. Estaremos lá a partir das 20:00 mandando o melhor do nosso repertório. Couvert R$ 8,00 





 A Trivial Club volta ao palco mais tradicional do rock com seu ecletic rock pra não deixar ninguém parado. Dos 60's aos 2010's, tem rock pra todo mundo, com performances cheias de energia.


E PINTOU MAIS UM PRA AMANHÃ!!!!!!

Amanhã o Hooker vai ficar pequeno para o TRIplo TRIbuto: Amy, Cazuza e Janis. Cola no Baixo Augusta que o último sábado das férias vai ser incrível!!!!


Chega junto que vai ser bom!!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Filmes que todo músico deveria ver - Florence Foster Jenkins

Senhoras e senhores: está inaugurada a seção "Filmes que todo músico deveria ver" com toda a pompa e circunstância dignas desse maravilhoso filme:

Por que sempre tem que ter um subtítulo ridículo em português?


Sinopse oficial (fonte: site Adoro Cinema): 

"Florence Foster Jenkins (Meryl Streep) é uma rica herdeira que persegue obsessivamente uma carreira de cantora de ópera. Aos seus ouvidos, sua voz é linda, mas para todos os outros é absurdamente horrível. O ator St. Clair Bayfield (Hugh Grant), seu companheiro, tenta protegê-la de todas as formas da dura verdade, mas um concerto público coloca toda a farsa em risco."


Por que todo músico deve ver esse filme:

Este filme é, na verdade, uma grande declaração de amor à música. Muito mais do que a história de uma mulher desafinada e iludida por seus pares, é a saga de alguém cuja razão de viver é respirar música, seja financiando associações ou estudando canto com toda a dedicação e perseguindo seu sonho com todo o coração.

As primeiras cenas de Florence cantando já são cômicas para qualquer público, mas, para quem conhece técnica vocal, são simplesmente hilárias - especialmente por conta das caras do pianista interpretado por Simon Helberg. As notas desafinadas chegam a doer no ouvido. Por outro lado, quanto mais o roteiro revela traços da história e da personalidade de Florence, mais a frase célebre de Beethoven (citada no filme, inclusive) vai fazendo sentido: "Tocar uma nota errada é irrelevante. Tocar uma nota sem paixão é imperdoável". Na verdade, podemos dizer que o filme é todo norteado por essa máxima e prova o quanto ela é atual e verdadeira.

Dizer que Meryl Streep está perfeita é pleonasmo. Hugh Grant também está ótimo como o ator frustrado St. Clair Bayfield, companheiro de Florence e um personagem que tem todos os conflitos do mundo. Simon Helberg é o pianista contratado Cosmé McMoon, que vai da incredulidade ao afeto no convívio com Florence. E Nina Arianda, como Agnes (uma periguete das antigas, digamos assim) rouba todas as cenas em que aparece - especialmente a que arrasa na pista de dança.

"Florence" é uma história que lembra a todos os músicos o quanto somos privilegiados e o quanto o palco se torna muito mais incrível quando subimos nele com paixão verdadeira - e não simplesmente para ganhar os trocados nossos de cada noite.  Também nos faz lembrar que "amador" não significa "aquele que não é profissional" e, sim, "aquele que ama o que faz". 

Não nos esqueçamos nunca da paixão. E viva a música!


domingo, 17 de julho de 2016

Desenhos animados e música: Pantera Cor-de-Rosa

   Fala, gente do bem, bonita, porreta e joiada!

   Que tal uma bela coletânea de desenhos animados que têm a música como tema?
   Diversão garantida pra todo mundo que gosta de música - e mais ainda pra quem vive dela!

   Ajuste o seletor, coloque bombril na antena da sua televisão, reúna os amigos e aproveite!!!

 


 Vamos começar com essa pérola de 1966: Pink, Plunk, Plink. A Pantera Cor-de-Rosa invade uma orquestra que está executando a 5ª Sinfonia de Beethoven para tocar.. o tema da Pantera Cor-de-Rosa,  é claro!

 
Que tal a casaca cor-de-rosa?

O tema da Pantera Cor-de-Rosa

O "Pink Panther Theme" é uma das trilhas sonoras mais famosas do mundo até hoje. Composta por Henry Mancini em 1963, foi a canção-tema do filme "Pink Panther", do mesmo ano - tendo sido, inclusive, indicado ao Oscar de Melhor Trilha Original em 1964 (perdeu para Mary Poppins) e ao Grammy de Melhor Trilha Original (venceu). O personagem animado da simpática pantera aparecia nos créditos iniciais do filme - que se tratava, na verdade, de uma comédia policial (a "pantera cor-de-rosa" em questão é um imenso diamante cobiçado, por muita gente). A animação fez tanto sucesso que ganhou uma série de desenhos animados, mantendo a trilha sonora de Mancini como base musical. Essa trilha varia como uma paisagem sonora de acordo com o tema do desenho (por exemplo: o tema da Pantera ganha ares flamencos quando o desenho se passa em uma tourada).

A 5ª Sinfonia de Beethoven

"Pan pan pan paaaaaaaaan!!!" "Tcham tcham tcham tchaaaaaaaam!!!" (com "m" para diferenciar do grupo baiano). Só quem nasceu em outro planeta não ouviu, pelo menos, as duas primeiras frases da 5ª sinfonia de Beethoven, que dispensa maiores apresentações. Composta entre 1804 a 1808, estrou na Ópera de Viena em 1808 e, até hoje, é considerada uma das peças clássicas mais importantes e conhecidas de todos os tempos.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Falta de profissionalismo

Querem um exemplo de roubada? Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça o que aconteceu comigo e com o Thoni em um bar da Vila Olímpia (São Paulo). Dei-me ao trabalho de colocar umas figurinhas e de remover o nome do bar do depoimento pra não fazer publicidade pra quem não merece.

"Vergonhosa a forma como a equipe deste bar tratou a mim e ao Thoni nesta quarta, dia 13/04, quando fomos tocar lá.

Fomos contratados na quarta, dia 06/04, pelo próprio dono da casa (Alexandre), para tocarmos na semana seguinte, das 20:00 a meia-noite. Mandamos, na segunda-feira, um flyer de divulgação que foi aprovado na página oficial do bar na terça-feira.

"Joinha, joinha!"

Chegamos no horário combinado e, enquanto montávamos nosso equipamento, chegou o baterista de uma outra banda que também foi contratada para tocar no mesmo dia e horário. Segundo o violonista desta mesma banda, não era a primeira vez que acontecia. Conversamos e entramos em um acordo: ficaríamos das 20 às 22 e a banda das 22:30 à meia-noite e meia.

Assim que terminamos de montar os equipamentos, o gerente nos disse que não iríamos tocar e que o Alexandre (dono da casa) pediu pra voltarmos na quinta - só a banda iria tocar e ele tinha esquecido da gente (mas temos uma publicação aprovada no facebook para desmentir essa afirmação). Também disse que não iríamos receber o cachê combinado, mas que o Alexandre viria conversar pessoalmente conosco.

Respondemos que já tínhamos entrado em um acordo com a banda e que não iríamos sair de lá sem o cachê combinado e continuamos tocando. Na quarta música, vieram 3 seguranças nos intimidar, dizendo que eram "ordens do chefe": a banda ia tocar até às 23 e depois a gente iria entrar.




Perguntamos se ainda tínhamos direito a consumação, pelo menos, e pedimos 2 cheese picanha - que não eram de picanha e, sim contra-filé. Quando deu 22:45, nos chamaram, pagaram o cachê descontando as águas e ainda cobrando os 10% e disseram que não iríamos tocar.

O dono do bar em NENHUM momento falou conosco se desculpando pela confusão que fez.

Não recomendo nem pra beber um copo d'água. E já avisei amigos e colegas da música pra cair fora dessa furada"



quarta-feira, 13 de julho de 2016

Enganos e imprevistos acontecem, maaaaaaas...

... a forma de lidar com a situação é que diferencia uma casa séria, que trata músicos como profissionais, de uma que trata músicos como uma playlist que faz intervalo.

Já me aconteceu de receber uma ligação dos meus companheiros de banda quando estava no meio do caminho para um show e disseram que a casa queria cancelar por conta de uma pane elétrica no ambiente em que tocaríamos. Por "meio do caminho" entenda-se Rodoanel. Duas amigas no carro, de carona, doidas pra ver o show. 

Os meninos até me encorajaram a voltar pra casa... mas, meu amigo, quando eu boto minha guitarra, meu ampli e minha pedaleira no carro, é pro rock rollar!

"E agora, Stray Cats!"
     O bar tem dois espaços musicais e a pane elétrica foi só em um. Por que não tocar no outro espaço? Ah, mas já tem uma dupla tocando, ah, mas a gente não tem culpa da pane, ah, vamos dividir o palco. Ah.. alguém acalma a guitarrista da banda, por favor...?

"Calma, Gi!"

      Conversa aqui, liga pra gerente ali, transporta a bateria pra lá... e tudo resolvido. Depois que a dupla da noite terminou o show, montamos o circo. Naquela noite não teve arrego e teve, sim, show da Jack Johnnie com menos peças de bateria, menos pedais de guitarra, baixo em linha, volume reduzido, canja, tombo, aplausos e cachê na mão. Missão dada é missão cumprida!

A última encarnação de Jack Johnnie
     Este episódio aconteceu n'O Garimpo (Embu das Artes), que é uma casa bem tradicional e que valoriza seus músicos. Mas nem todas as casas têm uma postura profissional quando um imprevisto acontece... histórias de roubadas é o que não faltam e você vai ler várias delas aqui, logo mais!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Música e imagem - introdução


       Salve, salve, amiguinhos!!! Lá vamos nós de novo, depois de um retiro espiritual nas ilhas caribenhas financiado com o dinheiro da Lei Rouanet - mentira, demos um tempo por conta da trabalheira sem fim. Já diriam os grandes filósofos Mamonas Assassinas:

"O nosso work é pleiá" 

       Dia desses, refletindo sobre minhas primeiras referências musicais, percebi o quanto os desenhos animados foram importantes na minha formação musical e - por que não? - vocal. Imitar as vozes caricatas dos meus desenhos favoritos acabaram ampliando meu domínio e meu conhecimento sobre minha própria voz desde criança. Após me formar em música, quis realizar o antigo sonho de trabalhar com dublagem - e soube que, para isso, deveria ter formação profissional em Artes Cênicas, com DRT de atriz. Pois bem, lá fui eu me matricular no curso Técnico Ator Senac.

Em cena no espetáculo "Maria Borralheira", do qual também fiz a trilha sonora , em 2004

       Esse curso mudou a minha vida não apenas porque o teatro é a ferramenta de auto-conhecimento mais verdadeira, cruel, dolorosa e libertadora que existe, mas também por ter me proporcionado os primeiros trabalhos profissionais com trilhas sonoras de espetáculos (já havia tido experiências ótimas, mas amadoras). Fiz cursos de dublagem, voz original, trilhas e foley que, por sua vez, renderam novos trabalhos. O tema de abertura da série "A vida de Lucas Batista 1.5" foi um os que mais curti fazer.



Well, well, well, my Michelle... sendo esta uma parte tão importante da minha vida musical, decidi inaugurar essa nova tag "audiovisual" aqui no Barzinho. Desenhos animados, filmes, documentários, jingles, séries... vamos falar também do universo das imagens a partir dos próximos posts!


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cultura, governo, economia

Vamos a um pequeno exemplo de como a Cultura gera lucro para o país, amiguinhos? Vou falar só da minha área, que é a música, tá?


1- Existem fábricas de instrumentos musicais e equipamentos eletrônicos (microfones, caixas de som, cabos, mesas de som, etc). Para isso, precisam de matéria-prima (madeira, componentes elétricos, etc).


a) O que os fornecedores já pagaram ao governo? IMPOSTOS. Para que? Licenciar sua marca, gerar empregos diretos e indiretos, etc.

b) As fábricas de instrumento pagam o que? IMPOSTOS!


c) O que essas fábricas geram? EMPREGOS


d) Onde está o governo nisso? FATURANDO! Viva!!!


2- Existem lojas que vendem esses instrumentos e equipamentos. Existem também os estabelecimentos que os consertam quando necessário.


a) O que as lojas pagam? IMPOSTOS


b) O que as lojas geram? EMPREGOS. Ah!! E LUCRO pro setor anterior, né?


c) Onde está o governo nisso? FATURANDO MAIS. Oba!




3- Alguém comprou um instrumento e precisa aprender a tocá-lo. E agora?

a) entra em uma escola de música particular que (ora vejam) pagam IMPOSTOS e geram EMPREGOS

b) paga um professor particular, gerando EMPREGO

c) adquire material didático (livros, songbooks, vídeo-aulas, etc) que, é claro, foram produzidos por outras empresas que pagam (adivinhem?) IMPOSTOS e geram EMPREGOS em todos os processos de elaboração, edição, impressão, distribuição, licenciamento, vendas. O que todo esse processo gerou? EMPREGOS nas editoras, produtoras, gráficas etc. E, se temos outras empresas envolvidas nesse setor, além de empregos pagaram IMPOSTOS.

d) Onde está o governo? FATURANDO!

Mas, claro que há também a vergonhosa opção de mamar nas tetas do governo ingressando em uma escola pública de música ou projeto social. Ridículo, visto que o governo só investiu nesse vagabundo e não ganhou  um centavo até ele chegar na porta da escola com seu instrumento em mãos.


Poderia parar por aqui, mas vou continuar

4- Este novo instrumentista estuda, estuda, estuda e decide se tornar um profissional. Procura, então, lugares para tocar.

a)     Qual a lógica de um estabelecimento (bar ou restaurante) ao investir em música? Atrair o público e fazer com que este público queira permanecer lá e voltar ao estabelecimento em outros dias – logo, que possa consumir mais. Consumo gera... LUCRO para o estabelecimento

b)    Tendo LUCRO, o estabelecimento (que, por sua vez, já gerou  EMPREGOS, pagou IMPOSTOS e pagou fornecedores, repetindo o item 1) continua funcionando – ou seja, gerando EMPREGOS e pagando IMPOSTOS

c)     Onde está o governo? FATURANDO!


5- O novo músico começa a procurar casas de shows maiores. Estabelecimentos que, por sua vez, pagam IMPOSTOS, geram EMPREGOS. Contrata uma empresa de consultoria de imagem (empresa = EMPREGOS E IMPOSTOS) Contrata uma consultoria jurídica e de gerenciamento de carreira (mais EMPREGOS E IMPOSTOS).
Manda suas músicas para uma editora (outra empresa envolvida gerando EMPREGOS E IMPOSTOS). Até aqui, o governo está só FATURANDO

6- O músico começa a fazer sucesso e suas músicas não param de tocar no rádio que, por sua vez, paga concessão ao governo para funcionar. Mais FATURAMENTO!

7- É necessário rodar o Brasil e fazer uma turnê. Contrata-se uma empresa de eventos (empresa =  IMPOSTOS E EMPREGOS). Empresas de som, luz, marketing, segurança, todas as licenças e avais necessários para a realização de um evento. Tudo isso = EMPREGOS E IMPOSTOS

8- Vamos gravar um DVD? Contratamos mais uma empresa (IMPOSTOS E EMPREGOS)


Nâo, eu ainda não acabei.



9- Pode ser que esse músico não consiga um grande sucesso comercial. Porém, ele continua vivendo de sua profissão. Frequenta estúdios para ensaiar (estúdio = empresa = EMPREGOS E IMPOSTOS). Faz a manutenção de seus instrumentos (cordas, palhetas, correias, capas... tudo isso é comprado e, se é comprado, já sabem). Dá aulas. Trabalha como freelancer em projetos de outros músicos, continua tocando em bares, restaurantes, eventos, etc. Ou seja, continua fazendo essa roda econômica girar.

Toda esse rede econômica é APENAS relativa à música. Sequer falei de tantas outras facetas da cultura – inclusive o cinema brasileiro que chega a Cannes mais uma vez. Só digo o seguinte: antes de chegar até sua execução final, pense em todo o lucro que esse filme gerou para o governo seguindo esse mesmo raciocínio.

Portanto, meus caros, quanto maior o investimento em Cultura, mais lucro para qualquer país (os de primeiro mundo sabem disso há muito tempo). Além de gerar lucro para o governo desde a hora em que decidimos aprender música, geramos arte. Levamos alegria, sentimento, envolvimento, paixão. Mas, claro, isso não importa muito nos dias de hoje. Mas, se o que importa é a grana, aí está o nosso superávit.

sábado, 7 de maio de 2016

Guardanapos da semana

ATENÇÃO!!!!

Interrompemos os posts técnicos para uma edição extraordinária da sessão mais querida do Blog do Barzinho: os GUARDANAPOS DA SEMANA!!

Claro, são os guardanapos de várias semanas acumulados... mas aqui estão eles!!!!



Pedidos do Frey Café em datas variadas:

-  "Girls wanna have fun", "Bete Balanço", "A little respect". A do Erasure ainda estamos devendo, mas os outros foram atendidos e agradecemos muito o elogio!
- 4 non Blondes, What's up: pedido atendido num show especial do Dia Internacional da Mulher. Rolaram também os pedidos "Camila, Camila" e "Refrão de bolero". Sem guardanapos, mas atendidos também com muito carinho.
- "Lua de Cristal" rolou numa versão declamada a la Maria Betânia. O clássico de Rosana rolou em todo seu esplendor. COMO UMA DEUSAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!
- Isabella Taviani? Putz... eu até cantava "Luxúria" há muuuuuuuito tempo atrás. Gosto bastante dela, fico na promessa!


Pedidos do Amor Amor Pub:

-  U2, Tina Turner, Roxette: Rolou "One", "Proud Mary" e "How do you do" (que eu esqueci a letra, oooooh, os brancos). Estou devendo "Beautiful day" e uma versão decente da música do Roxette.
- Happy day: rolou!!
- Guns 'n' Roses, "Patience": rolou e com direito a dancinha, assobio e coro da galera no "Yeaaaaaah, just a little patience". Lindo!
-  Tim Maia, tocamos "Do Leme ao Pontal". Beyoncé ainda estou devendo (gosto de "Halo"). E Amy Winehouse é especialidade da casa!

Pedidos do Butiquim M3:
- Queen: "I want to break free", é claro!


E esse post é dedicado ao Uilson Piazza, lá de Brasília, que escreveu um e-mail super carinhoso pro barzinho pedindo autorização para usar a ideia desse post no seu site. E é claro que está liberadíssimo!! Quando estiver pronto, colocaremos o link das postagens do Uilson pra vocês!!

Equipamentos pessoais - como ligar a mesa n caixas de som

E ae, moçada? Preparados para o final da saga?

Vamos ver agora a última parte: os tais canais bal/unbal e como fazer a ligação da mesa na(s) caixa(s) de som.

CANAIS BAL/UNBAL

 

Estas são as entradas dos canais e, aqui nesta outra foto, os controles:

botões vermelhos (acima), pretos e brancos. o FX e FX TO MAIN são relativos aos efeitos, lembra?



Essa parte é um pouquinho mais complicada de entender.

Os canais "bal/unbal" dividem o som em dois ramais, digamamos assim: o esquerdo (left) e direito (right). Para tirar o proveito adequado deles, é fundamental entender esse lance de saída left/ right, mono e estéreo. Então, vamos lá.




Marcadas nessa foto estão as SAÍDAS da mesa de som. Para que o som seja transmitido para as caixas, um plug do cabo virá em uma destas saídas, a outra ponta irá para a caixa de som ou potência.

-saídas MAIN OUT left/ right (em azul)
- saídas CTRL ROOM OUT left/right (em vermelho)
- saída de PHONE (em laranja)

- saída RCA (em verde, também divididas em left/ right)


Lembram-se do botãozinho PAN (o preto), que jogava os sons para as saídas esquerda/ direita ou para as duas? Então, tem a ver com isso que vamos falar agora.


Você tem várias opções para usar as saídas da sua mesa. Tudo vai depender do tipo das suas caixas de som: ativas ou passivas, ou se você vai ligá-la a uma potência, para que ela distribua o som para as caixas.

Para que seu sistema de som funcione, você precisa das seguintes opções:

- uma mesa que tenha uma potência acoplada + duas caixas passivas
- uma mesa comum + uma potência + duas caixas passivas
- uma mesa comum + duas caixas ativas
- uma mesa comum + uma caixa ativa + uma caixa passiva

O que vem a ser a tal da potência?
Excelente pergunta, meu jovem!

A potência é o aparelho que garante eletricidade suficiente para seu som ser transmitido dos instrumentos para a mesa e da mesa para as caixas. Existem mesas de som com potências acopladas, caixas de som com potências acopladas (que chamamos de CAIXAS ATIVAS) e os aparelhos com a potência separadas.


Esta, por exemplo, é uma mesa de som com potência acoplada. Nela, você pode ligar caixas PASSIVAS (ou seja, que não dependem de eletricidade, pois a mesa já tem a potência para "alimentá-las"). Apesar de serem de uma qualidade (geralmente) superior, têm um custo bem superior a uma mesa comum As caixas de som que têm potência acoplada são as que chamamos de CAIXAS ATIVAS. Elas têm um cabos para serem ligadas na tomada (cabo AC) e outros controles semelhantes aos da mesa de som. Caso você tenha uma dessas, pode ter uma mesa de som comum (como esta Behringer que usei nos exemplos).

 Uma caixa ativa também pode "alimentar" uma caixa PASSIVA, quando as duas estão contectadas entre si. O som que está saindo na ativa será transmistido para a passiva de forma exatamente igual, assim, qualquer modificação que você fizer no controloe da caixa ativa (volume, graves, agudos, etc) será "copiado" para a caixa passiva. Ela é, literalmente, uma "xerox" do som. As caixas passivas são mais baratas, então, se sua grana estiver um pouquinho mais curta, um par de caixas ativa/ passiva + mesa de som simples garantem sua equalização, uma caixa para o público e uma de retorno para você.

Exemplo de caixa ativa, marca CSR


 E, finalmente, este é um aparelho de potência de som propriamente dito, que, quando conectado à mesa e às caixas, alimenta ambas com eletricidade. Ele deve ser conectado a uma mesa comum e a caixas passivas, funcionando como um "intermediário".

Lembre-se de que caixas de som PASSIVAS são aquelas alimentadas por outro aparelho: uma potência, uma caixa ativa ou uma mesa com potência acoplada. Elas não precisam ser ligadas na tomada, são ativadas diretamente pelo cabo que transmite o som.


 Como tenho uma mesa comum, darei o exemplo de como contectá-la a um sistema com duas caixas ativas e outro com um par de caixas ativa/ passiva. Logo mais, no próximo post.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Equipamento pessoal - mesa de som - regulagem do canal balanceado

Senhoras, senhores e rapaziada em geral, o meu mais mavioso "salve!". Continuando nossa saga de como ligar os equipamentos direitinho, vamos entender como funciona, em detalhes, uma mesa de som.


A primeira coisa que você deve saber antes de comprar uma mesa de som é de quantos CANAIS você precisa. Canal é a parte da mesa em que ligamos e regulamos cada instrumento ou microfone. Então, o número de canais necessários será igual ao número de vocais (microfones) mais o de instrumentos utilizados. Por exemplo: se você tem uma dupla que utiliza dois microfones, um violão e um cajón, você precisa de uma mesa de, no mínimo, 4 canais. Se você faz voz e violão, apenas 2 canais são necessários. Há muitas marcas e modelos no mercado, de 2, 4 ou muito mais canais.
Esta, por exemplo, é uma mesa com dois canais balanceados (o dos 3 furinhos, lembra?) e quatro canais P10


E essa belezinha aqui tem singelos 22 canais! Excelente para casas que comportam banda e formações maiores, mas, para equipamento pessoal de voz e violão, é um exagero! Essa foto veio só pra mostrar mesmo a variedade dos tipos e modelos de mesa de som.


Vou usar como exemplo a minha velha companheira Behringer Xenyx 1202 fx, com quem eu e minha turminha do barulho aprontamos altas confusões:
Ela possui 4 canais balanceados, que também têm entrada P10,

 


Também tem mais 8 canais bal/ unbal (já vamos explicar que diabo é isso)


Saídas para as caixas de som/ fones de ouvido


E um monte de botõezinhos legais que controlam tudo isso!!






Vamos entender, primeiro, como funciona o canal balanceado:

1- Entrada balanceada: como você viu no post anterior, entrada para cabos canon balanceados (microfone) ou canon macho/ P10 (instrumentos). Proporciona mais ganho e qualidade.

2- Entrada P10: para cabos canon fêmea/ P10 ou P10 (como você também viu no post anterior, deve ser sua segunda opção)

3- Trim: em algumas mesas, aparece com o nome "gain". Funciona como um volume extra - especialmente se você está usando a entrada P10, que tem menos volume.


Então, é em uma destas entradas que você vai ligar seu microfone ou instrumento. Tecnicamente, é possível usar, ao mesmo tempo, a entrada balanceada e a entrada P10 do mesmo canal, mas você terá apenas uma regulagem para dois instrumentos/ vozes diferentes. Então, realmente, não vale a pena, fique com esta opção somente se todos (absolutamente TODOS) os outros canais estiverem ocupados, certo?


Os botões azuis (4, 5 e 6) são os de equalização, ou seja, vai regular as frequencias de cada canal

4- High: controla os agudos


5- Medium: controla os médios (ah vá!)

6- Low: controla os graves. Ao lado dele há um botãozinho chamado "low cut", que corta as frequencias graves.


A regulagem dessas 3 frequencias tem a ver com o tipo de equipamento, o tamanho do local e o gosto pessoal de cada um. Não existe uma regulagem única. Eu, particularmente, sou adepta do "menos é mais" e costumo usar pouca variação de regulagem, deixo tudo próximo do "flat" (quer dizer, com os botões apontando para o centro. Significa que você não está mexendo naquela frequência). De qualquer forma, seguem algumas dicas para te ajudar a identificar se alguma frequencia está em excesso:

- excesso de agudos: possivelmente, você vai ouvir zumbidinhos agudos, como um mosquito. Pode dar a impressão de que está faltando "peso" no som;

- excesso de médios: você terá a impressão de um som nasalado, especialmente na voz. Vai parecer que você está resfriado;

- excesso de graves: dá a impressão de que você não consegue distinguir os instrumentos e vozes, fica tudo embolado.

Porém, a melhor forma de achar o que é melhor para o seu som é o bom e velho método de "tentativa e erro". Teste cada equalização para treinar o seu ouvido, assim você vai aprendendo a identificar o "tempero" exato entre graves, médios e agudos para o seu som ficar bacana.



Voltando para a lista dos botõezinhos!

7- FX: vai regular a quantidade de efeito no microfone ou instrumento ligado neste canal.

Legal. Mas o que é "efeito"?


                                                       Excelente pergunta, meu jovem!


Fazendo uma comparação bem esdrúxula, é como os filtros do Instagram, que modificam sutilmente as cores de uma foto. Os efeitos da mesa farão a mesma coisa com o som: acrescentamos eco (delay), reverb (sabe quando você fala em uma sala vazia e tem a impressão de que o som se modifica? Isso é o reverb - ou seja, a reverberação que o som tem quando se espalha em um ambiente) e vários outros.

Para controlar a parte do efeito, usamos dois botões na lateral da mesa:






O botão cinza (FX, em inglês lemos "eféx" - effects, efeitos, hein? hein? hein?) regula qual tipo de efeito será usado de acordo com o número que aparece no visor acima (desligado...). Você deve girá-lo até chegar o número do efeito desejado, então aperte-o para selecionar.

O botão vermelho (FX to main) vai determinar a intensidade geral desse efeito, que poderá ser regulada de forma individual para cada canal no botãozinho vermelho de cada um. No caso, o nosso número 7.



Voltando lá na nossa figura, temos o complexo botão 8 que é o PAN. Funciona da seguinte forma:

- Se ele está girado totalmente para o lado esquerdo: o som do instrumento ou microfone ligados naquele canal sairão APENAS na caixa contectada à saída L (de "left", esquerda) da mesa.

O som do canal sairá apenas nas caixas de som ligadas nesta saída





- o mesmo vale para o lado oposto: se ele estiver virado todo para a direita, o som sairá apenas nas caixas de som plugadas na saída R (de "right", direita)


- e, para o som sair com o mesmo volume nas caixas plugadas em ambas as saídas, é só deixar o botão apontando para o meio. Falaremos mais dele na explicação de como ligar a mesa na caixa de som.


E, para terminar, o botão 9 que é o de VOLUME: quando está totalmente virado para a esquerda, o volume é zero e vai aumentando, gradativamente, conforme você o gira para a direita.

Dica FUNDAMENTAL: antes de plugar ou desplugar seu microfone ou instrumento, coloque o volume no ZERO. Isso vai evitar aquele "puft" desagradável (muitas vezes altíssimo). Lembre-se de verificar também se o trim (botão 3) está numa regulagem baixa (ou seja, voltado para a esquerda).

Quando o volume do instrumento está alto demais, ele acaba emitindo algum "zumbido". Se é o microfone que está ligado alto demais ocorrem as famosas "microfonias", que é aquele som alto e agudo que parece um apito (ou um "falsete" da Mc Melody).



Nossa, quanta cultura!! No próximo post, último da série: os canais bal/unbal e como ligar a mesa na caixa de som.