Shows da semana: 12, 13 e 14/08

Agenda da semana - Thoni & Gi

E aí, gente bonita? Vamos pra balada? Segue o que temos confirmado por enquanto para bombar neste mês de agosto! E o fim de semana começa ...

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cultura, governo, economia

Vamos a um pequeno exemplo de como a Cultura gera lucro para o país, amiguinhos? Vou falar só da minha área, que é a música, tá?


1- Existem fábricas de instrumentos musicais e equipamentos eletrônicos (microfones, caixas de som, cabos, mesas de som, etc). Para isso, precisam de matéria-prima (madeira, componentes elétricos, etc).


a) O que os fornecedores já pagaram ao governo? IMPOSTOS. Para que? Licenciar sua marca, gerar empregos diretos e indiretos, etc.

b) As fábricas de instrumento pagam o que? IMPOSTOS!


c) O que essas fábricas geram? EMPREGOS


d) Onde está o governo nisso? FATURANDO! Viva!!!


2- Existem lojas que vendem esses instrumentos e equipamentos. Existem também os estabelecimentos que os consertam quando necessário.


a) O que as lojas pagam? IMPOSTOS


b) O que as lojas geram? EMPREGOS. Ah!! E LUCRO pro setor anterior, né?


c) Onde está o governo nisso? FATURANDO MAIS. Oba!




3- Alguém comprou um instrumento e precisa aprender a tocá-lo. E agora?

a) entra em uma escola de música particular que (ora vejam) pagam IMPOSTOS e geram EMPREGOS

b) paga um professor particular, gerando EMPREGO

c) adquire material didático (livros, songbooks, vídeo-aulas, etc) que, é claro, foram produzidos por outras empresas que pagam (adivinhem?) IMPOSTOS e geram EMPREGOS em todos os processos de elaboração, edição, impressão, distribuição, licenciamento, vendas. O que todo esse processo gerou? EMPREGOS nas editoras, produtoras, gráficas etc. E, se temos outras empresas envolvidas nesse setor, além de empregos pagaram IMPOSTOS.

d) Onde está o governo? FATURANDO!

Mas, claro que há também a vergonhosa opção de mamar nas tetas do governo ingressando em uma escola pública de música ou projeto social. Ridículo, visto que o governo só investiu nesse vagabundo e não ganhou  um centavo até ele chegar na porta da escola com seu instrumento em mãos.


Poderia parar por aqui, mas vou continuar

4- Este novo instrumentista estuda, estuda, estuda e decide se tornar um profissional. Procura, então, lugares para tocar.

a)     Qual a lógica de um estabelecimento (bar ou restaurante) ao investir em música? Atrair o público e fazer com que este público queira permanecer lá e voltar ao estabelecimento em outros dias – logo, que possa consumir mais. Consumo gera... LUCRO para o estabelecimento

b)    Tendo LUCRO, o estabelecimento (que, por sua vez, já gerou  EMPREGOS, pagou IMPOSTOS e pagou fornecedores, repetindo o item 1) continua funcionando – ou seja, gerando EMPREGOS e pagando IMPOSTOS

c)     Onde está o governo? FATURANDO!


5- O novo músico começa a procurar casas de shows maiores. Estabelecimentos que, por sua vez, pagam IMPOSTOS, geram EMPREGOS. Contrata uma empresa de consultoria de imagem (empresa = EMPREGOS E IMPOSTOS) Contrata uma consultoria jurídica e de gerenciamento de carreira (mais EMPREGOS E IMPOSTOS).
Manda suas músicas para uma editora (outra empresa envolvida gerando EMPREGOS E IMPOSTOS). Até aqui, o governo está só FATURANDO

6- O músico começa a fazer sucesso e suas músicas não param de tocar no rádio que, por sua vez, paga concessão ao governo para funcionar. Mais FATURAMENTO!

7- É necessário rodar o Brasil e fazer uma turnê. Contrata-se uma empresa de eventos (empresa =  IMPOSTOS E EMPREGOS). Empresas de som, luz, marketing, segurança, todas as licenças e avais necessários para a realização de um evento. Tudo isso = EMPREGOS E IMPOSTOS

8- Vamos gravar um DVD? Contratamos mais uma empresa (IMPOSTOS E EMPREGOS)


Nâo, eu ainda não acabei.



9- Pode ser que esse músico não consiga um grande sucesso comercial. Porém, ele continua vivendo de sua profissão. Frequenta estúdios para ensaiar (estúdio = empresa = EMPREGOS E IMPOSTOS). Faz a manutenção de seus instrumentos (cordas, palhetas, correias, capas... tudo isso é comprado e, se é comprado, já sabem). Dá aulas. Trabalha como freelancer em projetos de outros músicos, continua tocando em bares, restaurantes, eventos, etc. Ou seja, continua fazendo essa roda econômica girar.

Toda esse rede econômica é APENAS relativa à música. Sequer falei de tantas outras facetas da cultura – inclusive o cinema brasileiro que chega a Cannes mais uma vez. Só digo o seguinte: antes de chegar até sua execução final, pense em todo o lucro que esse filme gerou para o governo seguindo esse mesmo raciocínio.

Portanto, meus caros, quanto maior o investimento em Cultura, mais lucro para qualquer país (os de primeiro mundo sabem disso há muito tempo). Além de gerar lucro para o governo desde a hora em que decidimos aprender música, geramos arte. Levamos alegria, sentimento, envolvimento, paixão. Mas, claro, isso não importa muito nos dias de hoje. Mas, se o que importa é a grana, aí está o nosso superávit.

sábado, 7 de maio de 2016

Guardanapos da semana

ATENÇÃO!!!!

Interrompemos os posts técnicos para uma edição extraordinária da sessão mais querida do Blog do Barzinho: os GUARDANAPOS DA SEMANA!!

Claro, são os guardanapos de várias semanas acumulados... mas aqui estão eles!!!!



Pedidos do Frey Café em datas variadas:

-  "Girls wanna have fun", "Bete Balanço", "A little respect". A do Erasure ainda estamos devendo, mas os outros foram atendidos e agradecemos muito o elogio!
- 4 non Blondes, What's up: pedido atendido num show especial do Dia Internacional da Mulher. Rolaram também os pedidos "Camila, Camila" e "Refrão de bolero". Sem guardanapos, mas atendidos também com muito carinho.
- "Lua de Cristal" rolou numa versão declamada a la Maria Betânia. O clássico de Rosana rolou em todo seu esplendor. COMO UMA DEUSAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!
- Isabella Taviani? Putz... eu até cantava "Luxúria" há muuuuuuuito tempo atrás. Gosto bastante dela, fico na promessa!


Pedidos do Amor Amor Pub:

-  U2, Tina Turner, Roxette: Rolou "One", "Proud Mary" e "How do you do" (que eu esqueci a letra, oooooh, os brancos). Estou devendo "Beautiful day" e uma versão decente da música do Roxette.
- Happy day: rolou!!
- Guns 'n' Roses, "Patience": rolou e com direito a dancinha, assobio e coro da galera no "Yeaaaaaah, just a little patience". Lindo!
-  Tim Maia, tocamos "Do Leme ao Pontal". Beyoncé ainda estou devendo (gosto de "Halo"). E Amy Winehouse é especialidade da casa!

Pedidos do Butiquim M3:
- Queen: "I want to break free", é claro!


E esse post é dedicado ao Uilson Piazza, lá de Brasília, que escreveu um e-mail super carinhoso pro barzinho pedindo autorização para usar a ideia desse post no seu site. E é claro que está liberadíssimo!! Quando estiver pronto, colocaremos o link das postagens do Uilson pra vocês!!

Equipamentos pessoais - como ligar a mesa n caixas de som

E ae, moçada? Preparados para o final da saga?

Vamos ver agora a última parte: os tais canais bal/unbal e como fazer a ligação da mesa na(s) caixa(s) de som.

CANAIS BAL/UNBAL

 

Estas são as entradas dos canais e, aqui nesta outra foto, os controles:

botões vermelhos (acima), pretos e brancos. o FX e FX TO MAIN são relativos aos efeitos, lembra?



Essa parte é um pouquinho mais complicada de entender.

Os canais "bal/unbal" dividem o som em dois ramais, digamamos assim: o esquerdo (left) e direito (right). Para tirar o proveito adequado deles, é fundamental entender esse lance de saída left/ right, mono e estéreo. Então, vamos lá.




Marcadas nessa foto estão as SAÍDAS da mesa de som. Para que o som seja transmitido para as caixas, um plug do cabo virá em uma destas saídas, a outra ponta irá para a caixa de som ou potência.

-saídas MAIN OUT left/ right (em azul)
- saídas CTRL ROOM OUT left/right (em vermelho)
- saída de PHONE (em laranja)

- saída RCA (em verde, também divididas em left/ right)


Lembram-se do botãozinho PAN (o preto), que jogava os sons para as saídas esquerda/ direita ou para as duas? Então, tem a ver com isso que vamos falar agora.


Você tem várias opções para usar as saídas da sua mesa. Tudo vai depender do tipo das suas caixas de som: ativas ou passivas, ou se você vai ligá-la a uma potência, para que ela distribua o som para as caixas.

Para que seu sistema de som funcione, você precisa das seguintes opções:

- uma mesa que tenha uma potência acoplada + duas caixas passivas
- uma mesa comum + uma potência + duas caixas passivas
- uma mesa comum + duas caixas ativas
- uma mesa comum + uma caixa ativa + uma caixa passiva

O que vem a ser a tal da potência?
Excelente pergunta, meu jovem!

A potência é o aparelho que garante eletricidade suficiente para seu som ser transmitido dos instrumentos para a mesa e da mesa para as caixas. Existem mesas de som com potências acopladas, caixas de som com potências acopladas (que chamamos de CAIXAS ATIVAS) e os aparelhos com a potência separadas.


Esta, por exemplo, é uma mesa de som com potência acoplada. Nela, você pode ligar caixas PASSIVAS (ou seja, que não dependem de eletricidade, pois a mesa já tem a potência para "alimentá-las"). Apesar de serem de uma qualidade (geralmente) superior, têm um custo bem superior a uma mesa comum As caixas de som que têm potência acoplada são as que chamamos de CAIXAS ATIVAS. Elas têm um cabos para serem ligadas na tomada (cabo AC) e outros controles semelhantes aos da mesa de som. Caso você tenha uma dessas, pode ter uma mesa de som comum (como esta Behringer que usei nos exemplos).

 Uma caixa ativa também pode "alimentar" uma caixa PASSIVA, quando as duas estão contectadas entre si. O som que está saindo na ativa será transmistido para a passiva de forma exatamente igual, assim, qualquer modificação que você fizer no controloe da caixa ativa (volume, graves, agudos, etc) será "copiado" para a caixa passiva. Ela é, literalmente, uma "xerox" do som. As caixas passivas são mais baratas, então, se sua grana estiver um pouquinho mais curta, um par de caixas ativa/ passiva + mesa de som simples garantem sua equalização, uma caixa para o público e uma de retorno para você.

Exemplo de caixa ativa, marca CSR


 E, finalmente, este é um aparelho de potência de som propriamente dito, que, quando conectado à mesa e às caixas, alimenta ambas com eletricidade. Ele deve ser conectado a uma mesa comum e a caixas passivas, funcionando como um "intermediário".

Lembre-se de que caixas de som PASSIVAS são aquelas alimentadas por outro aparelho: uma potência, uma caixa ativa ou uma mesa com potência acoplada. Elas não precisam ser ligadas na tomada, são ativadas diretamente pelo cabo que transmite o som.


 Como tenho uma mesa comum, darei o exemplo de como contectá-la a um sistema com duas caixas ativas e outro com um par de caixas ativa/ passiva. Logo mais, no próximo post.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Equipamento pessoal - mesa de som - regulagem do canal balanceado

Senhoras, senhores e rapaziada em geral, o meu mais mavioso "salve!". Continuando nossa saga de como ligar os equipamentos direitinho, vamos entender como funciona, em detalhes, uma mesa de som.


A primeira coisa que você deve saber antes de comprar uma mesa de som é de quantos CANAIS você precisa. Canal é a parte da mesa em que ligamos e regulamos cada instrumento ou microfone. Então, o número de canais necessários será igual ao número de vocais (microfones) mais o de instrumentos utilizados. Por exemplo: se você tem uma dupla que utiliza dois microfones, um violão e um cajón, você precisa de uma mesa de, no mínimo, 4 canais. Se você faz voz e violão, apenas 2 canais são necessários. Há muitas marcas e modelos no mercado, de 2, 4 ou muito mais canais.
Esta, por exemplo, é uma mesa com dois canais balanceados (o dos 3 furinhos, lembra?) e quatro canais P10


E essa belezinha aqui tem singelos 22 canais! Excelente para casas que comportam banda e formações maiores, mas, para equipamento pessoal de voz e violão, é um exagero! Essa foto veio só pra mostrar mesmo a variedade dos tipos e modelos de mesa de som.


Vou usar como exemplo a minha velha companheira Behringer Xenyx 1202 fx, com quem eu e minha turminha do barulho aprontamos altas confusões:
Ela possui 4 canais balanceados, que também têm entrada P10,

 


Também tem mais 8 canais bal/ unbal (já vamos explicar que diabo é isso)


Saídas para as caixas de som/ fones de ouvido


E um monte de botõezinhos legais que controlam tudo isso!!






Vamos entender, primeiro, como funciona o canal balanceado:

1- Entrada balanceada: como você viu no post anterior, entrada para cabos canon balanceados (microfone) ou canon macho/ P10 (instrumentos). Proporciona mais ganho e qualidade.

2- Entrada P10: para cabos canon fêmea/ P10 ou P10 (como você também viu no post anterior, deve ser sua segunda opção)

3- Trim: em algumas mesas, aparece com o nome "gain". Funciona como um volume extra - especialmente se você está usando a entrada P10, que tem menos volume.


Então, é em uma destas entradas que você vai ligar seu microfone ou instrumento. Tecnicamente, é possível usar, ao mesmo tempo, a entrada balanceada e a entrada P10 do mesmo canal, mas você terá apenas uma regulagem para dois instrumentos/ vozes diferentes. Então, realmente, não vale a pena, fique com esta opção somente se todos (absolutamente TODOS) os outros canais estiverem ocupados, certo?


Os botões azuis (4, 5 e 6) são os de equalização, ou seja, vai regular as frequencias de cada canal

4- High: controla os agudos


5- Medium: controla os médios (ah vá!)

6- Low: controla os graves. Ao lado dele há um botãozinho chamado "low cut", que corta as frequencias graves.


A regulagem dessas 3 frequencias tem a ver com o tipo de equipamento, o tamanho do local e o gosto pessoal de cada um. Não existe uma regulagem única. Eu, particularmente, sou adepta do "menos é mais" e costumo usar pouca variação de regulagem, deixo tudo próximo do "flat" (quer dizer, com os botões apontando para o centro. Significa que você não está mexendo naquela frequência). De qualquer forma, seguem algumas dicas para te ajudar a identificar se alguma frequencia está em excesso:

- excesso de agudos: possivelmente, você vai ouvir zumbidinhos agudos, como um mosquito. Pode dar a impressão de que está faltando "peso" no som;

- excesso de médios: você terá a impressão de um som nasalado, especialmente na voz. Vai parecer que você está resfriado;

- excesso de graves: dá a impressão de que você não consegue distinguir os instrumentos e vozes, fica tudo embolado.

Porém, a melhor forma de achar o que é melhor para o seu som é o bom e velho método de "tentativa e erro". Teste cada equalização para treinar o seu ouvido, assim você vai aprendendo a identificar o "tempero" exato entre graves, médios e agudos para o seu som ficar bacana.



Voltando para a lista dos botõezinhos!

7- FX: vai regular a quantidade de efeito no microfone ou instrumento ligado neste canal.

Legal. Mas o que é "efeito"?


                                                       Excelente pergunta, meu jovem!


Fazendo uma comparação bem esdrúxula, é como os filtros do Instagram, que modificam sutilmente as cores de uma foto. Os efeitos da mesa farão a mesma coisa com o som: acrescentamos eco (delay), reverb (sabe quando você fala em uma sala vazia e tem a impressão de que o som se modifica? Isso é o reverb - ou seja, a reverberação que o som tem quando se espalha em um ambiente) e vários outros.

Para controlar a parte do efeito, usamos dois botões na lateral da mesa:






O botão cinza (FX, em inglês lemos "eféx" - effects, efeitos, hein? hein? hein?) regula qual tipo de efeito será usado de acordo com o número que aparece no visor acima (desligado...). Você deve girá-lo até chegar o número do efeito desejado, então aperte-o para selecionar.

O botão vermelho (FX to main) vai determinar a intensidade geral desse efeito, que poderá ser regulada de forma individual para cada canal no botãozinho vermelho de cada um. No caso, o nosso número 7.



Voltando lá na nossa figura, temos o complexo botão 8 que é o PAN. Funciona da seguinte forma:

- Se ele está girado totalmente para o lado esquerdo: o som do instrumento ou microfone ligados naquele canal sairão APENAS na caixa contectada à saída L (de "left", esquerda) da mesa.

O som do canal sairá apenas nas caixas de som ligadas nesta saída





- o mesmo vale para o lado oposto: se ele estiver virado todo para a direita, o som sairá apenas nas caixas de som plugadas na saída R (de "right", direita)


- e, para o som sair com o mesmo volume nas caixas plugadas em ambas as saídas, é só deixar o botão apontando para o meio. Falaremos mais dele na explicação de como ligar a mesa na caixa de som.


E, para terminar, o botão 9 que é o de VOLUME: quando está totalmente virado para a esquerda, o volume é zero e vai aumentando, gradativamente, conforme você o gira para a direita.

Dica FUNDAMENTAL: antes de plugar ou desplugar seu microfone ou instrumento, coloque o volume no ZERO. Isso vai evitar aquele "puft" desagradável (muitas vezes altíssimo). Lembre-se de verificar também se o trim (botão 3) está numa regulagem baixa (ou seja, voltado para a esquerda).

Quando o volume do instrumento está alto demais, ele acaba emitindo algum "zumbido". Se é o microfone que está ligado alto demais ocorrem as famosas "microfonias", que é aquele som alto e agudo que parece um apito (ou um "falsete" da Mc Melody).



Nossa, quanta cultura!! No próximo post, último da série: os canais bal/unbal e como ligar a mesa na caixa de som.